Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 22
Filter
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(7): e00239521, 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1394190

ABSTRACT

A ausência de instrumentos de triagem de risco para insegurança alimentar compromete a capacidade de avaliar, monitorar e ofertar assistência imediata a pessoas em situação de fome, especialmente durante emergências, como a crise da COVID-19. Assim, o objetivo deste estudo foi testar a validade do instrumento de Triagem para Risco de Insegurança Alimentar (TRIA), em diversos estratos da população brasileira. A TRIA é composta pelas questões 2 e 4 da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), validada, originalmente, a partir de dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS 2006). Neste estudo, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2013), testou-se sua reprodutibilidade por meio da repetição dos procedimentos combinatórios originais, examinando se os parâmetros de sensibilidade, especificidade, acurácia e valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) resultariam no mesmo arranjo de questões. Ainda, analisou-se a validade convergente comparando a força de associação entre insegurança alimentar e variáveis alimentares por meio de dois modelos de regressão binomial (TRIA x EBIA). Os resultados indicaram que a combinação das questões 2 e 4 apresentou melhor desempenho entre os estratos populacionais estudados, além de ótima validade convergente. O VPP e VPN ajustado pela prevalência de insegurança alimentar nos estados variou de 42,8% (Santa Catarina) a 87,6% (Amazonas) e 95,8% (Amazonas) a 99,5% (Santa Catarina), respectivamente. Em conclusão, além de ser reprodutível, a TRIA apresentou excelentes parâmetros de validade, sobretudo em grupos vulnerabilizados. Assim, seu uso pode ser recomendado na prática assistencial e como instrumento de vigilância alimentar e nutricional no Brasil.


The absence of risk screening tools for food insecurity compromises the ability to assess, monitor, and provide immediate assistance to those in hunger, especially during emergencies such as the COVID-19 crisis. Hence, this study sought to test the validity of an instrument for Screening Households at Risk of Food Insecurity (TRIA) in different strata of the Brazilian population TRIA uses questions 2 and 4 of the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA), originally validated using data from the Brazilian National Survey of Demography and Health of Children and Women (PNDS 2006). In this study, using data from the Brazilian National Household Sample Survey (PNAD 2013), its reproducibility was tested by repeating the original combinatorial procedures, examining whether the parameters of sensitivity, specificity, accuracy, and positive predictive values (PPV) and negative values (NPV) would result in the same arrangement of questions. Moreover, convergent validity was analyzed by comparing the strength of association between food insecurity and dietary variables using two binomial regression models (TRIA x EBIA). Results indicated that the combination of questions 2 and 4 performed best among the population strata studied, and presented optimal convergent validity. PPV and NPV adjusted for food insecurity prevalence in states ranged from 42.8% (Santa Catarina) to 87.6% (Amazonas) and 95.8% (Amazonas) to 99.5% (Santa Catarina), respectively. In conclusion, besides being reproducible, TRIA presented excellent validity parameters, especially among vulnerable groups. It can thus be used in care practice and as an instrument of food and nutritional surveillance in Brazil.


La ausencia de instrumentos de triaje de riesgo para la inseguridad alimentaria compromete la capacidad de evaluar, monitorear y brindar asistencia inmediata a las personas en situación de hambre, especialmente durante emergencias como la crisis de la COVID-19. Por lo tanto, el objetivo de este estudio fue probar la validez del instrumento de Triaje para Riesgo de Inseguridad Alimentaria (TRIA) en diferentes estratos de la población brasileña. El TRIA consta de las preguntas 2 y 4 de la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA), originalmente validada con base en datos de la Encuesta Nacional de Demografía y Salud de la Mujer y el Niño (PNDS 2006). En este estudio, utilizando datos de la Encuesta Nacional por Muestra de Domicilios (PNAD 2013), se probó su reproducibilidad repitiendo los procedimientos combinatorios originales, examinando si los parámetros de sensibilidad, especificidad, exactitud y valores predictivos positivos (VPP) y negativo (VPN) resultarían en el mismo arreglo de preguntas. Además, se analizó la validez convergente comparando la fuerza de asociación entre la inseguridad alimentaria y las variables alimentarias por medio de dos modelos de regresión binomial (TRIA x EBIA). Los resultados indicaron que la combinación de las preguntas 2 y 4 presentó el mejor desempeño entre los estratos poblacionales estudiados, además de excelente validez convergente. El VPP y el VPN ajustado por la prevalencia de inseguridad alimentaria en los estados osciló entre el 42,8% (Santa Catarina) y el 87,6% (Amazonas) y entre el 95,8% (Amazonas) y el 99,5% (Santa Catarina), respectivamente. En conclusión, además de ser reproducible, el TRIA presentó excelentes parámetros de validez, especialmente en grupos en situación de vulnerabilidad. Por lo tanto, se puede recomendar su uso en la práctica asistencial y como instrumento para la vigilancia alimentaria y nutricional en Brasil.


Subject(s)
Food Supply , COVID-19/diagnosis , COVID-19/epidemiology , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Prevalence , Reproducibility of Results , Food Insecurity
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(6): e00132320, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1278619

ABSTRACT

This manuscript aimed to develop a brief 2-item screening tool to identify Brazilian households that include families with children at risk for food insecurity. Psychometric analyses including sensitivity, specificity, positive and negative predictive value, accuracy, and ROC curves were used to test combinations of questions to determine the most effective screener to assess households at risk for food insecurity when compared to a gold standard scale. Participants included Brazilian National Survey of Demography and Health on Women and Children (PNDS) surveyed households with a valid Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA) response. The sample included 3,920 households representing 11,779,686 households when expanded using PNDS sample weights. With overall prevalence of food insecurity at 21%, a Brazilian 2-item food-insecurity screen showed sensitivity of 79.31%, specificity of 92.95%, positive predictive value of 74.62%, negative predictive value of 94.5% and ROC area 86.13%. This screen also presented high convergent validity for children's nutrition and health variables when compared with the gold standard, the EBIA full scale. Based on its ability to detect households at risk for food insecurity, a 2-item screening tool is recommended for widespread adoption as a screening measure throughout Brazil, especially when rapid decision-making has been made fundamental, as under the COVID-19 pandemic. This screener can enable providers to accurately identify families at risk for food insecurity and promptly intervene to prevent or ameliorate adverse health and developmental consequences associated with food insecurity and swiftly respond to crises.


O estudo teve como objetivo desenvolver um instrumento de triagem breve com dois itens para identificar famílias brasileiras com filhos em risco de insegurança alimentar. Foram utilizadas análises psicométricas, inclusive sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, acurácia e curvas ROC, para testar as combinações de perguntas e determinar o instrumento mais eficaz para avaliar as famílias com risco de insegurança alimentar, comparado a uma escala padrão-ouro. Os participantes pertenciam aos domicílios da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), usando a resposta à Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). A amostra incluiu 3.920 domicílios, representando 11.779.686 domicílios quando expandida com os pesos amostrais da PNDS. Com uma prevalência geral de insegurança alimentar de 21%, o instrumento brasileiro de dois itens para avaliação de insegurança alimentar mostrou sensibilidade 79,31%, especificidade 92,95%, valor preditivo positivo 74,62%, valor preditivo negativo 94,5% e área ROC 86,13%. O instrumento também apresentou validade convergente alta para as variáveis de nutrição e saúde das crianças, comparado ao padrão-ouro, a EBIA completa. Com base na capacidade de detectar domicílios com risco de insegurança alimentar, esse instrumento de triagem com dois itens é recomendado para adoção geral, enquanto medida de triagem em todo o Brasil, sobretudo durante a pandemia da COVID-19, quando as decisões rápidas são fundamentais. O instrumento pode permitir que os profissionais identifiquem com precisão as famílias em risco de insegurança alimentar e intervenham prontamente para prevenir ou mitigar as consequências adversas para a saúde e o desenvolvimento, associadas à insegurança alimentar, respondendo rapidamente às crises.


Este trabajo tuvo el objetivo de desarrollar un instrumento breve de 2 ítems para identificar a los hogares brasileños que incluyen a familias con niños en riesgo de inseguridad alimentaria. Los análisis psicométricos incluyendo sensibilidad, especificidad, valor predictivo positivo y negativo, precisión, y curvas ROC fueron usados para probar combinaciones de preguntas, con el fin de determinar el instrumento más efectivo para evaluar hogares en riesgo de inseguridad alimentaria, cuando se compararon con una escala de estándar de oro. Los participantes incluyeron a los hogares encuestados de la Encuesta Nacional Demográfica sobre la Salud de Mujeres y Niños (PNDS) con una respuesta válida en la Escala de Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA). La muestra incluyó 3.920 hogares, representando 11.779.686 hogares, cuando se amplió usando las ponderaciones de la muestra del PNDS. Con la prevalencia general de la inseguridad alimentaria a un 21%, el instrumento de 2 ítems brasileño sobre inseguridad alimentaria mostró una sensibilidad de un 79,31%, especificidad de un 92,95%, un valor predictivo positivo de 74,62%, un valor negativo predictivo de un 94,50% y un área ROC de 86,13%. Este instrumento también presentó una validez convergente alta para la nutrición de los niños y variables de salud, cuando se comparó la escala completa EBIA, el estándar de oro. Basada en su habilidad para detectar hogares en riesgo por inseguridad alimentaria, la herramienta de instrumento de 2 ítems está recomendada para su amplia adopción, como medida de cribado en todo Brasil, especialmente cuando la toma de decisiones rápidas se ha hecho fundamental, como ante la pandemia de COVID-19. Este método de cribado puede permitir a los proveedores de cuidados identificar con precisión a las familias en riesgo de inseguridad alimentaria e intervenir prontamente para prevenir o mejorar salud adversa y las consecuencias en el desarrollo, relacionadas con la inseguridad alimentaria, así como responder con prontitud a las crisis.


Subject(s)
Humans , Female , Child , Food Insecurity , COVID-19 , Socioeconomic Factors , Brazil , Cross-Sectional Studies , Pandemics , Food Supply , SARS-CoV-2
4.
Rev. Nutr. (Online) ; 34: e200127, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1351571

ABSTRACT

ABSTRACT Objectives To estimate the frequency of food insecurity in households with and without children/adolescents; compare food expenses, sugar and soft drinks consumption in these households; and to analyze the relationship between food insecurity and demographic/socioeconomic variables with food expenses, and sugar and soft drinks consumption in households with and without children/adolescents. Methods Cross-sectional study with 628 households in Campinas, SP, Brazil. Food insecurity was estimated by the Brazilian Household Food Insecurity Measurement Scale. The dependent variables were the proportion of food expenses, and consumption of sugar and soft drinks; and the independent ones included food security/insecurity condition, monthly family income, gender, age and education of the household head. Results The frequency of food insecurity was higher in households with children/adolescents than in households without minors (41.4% vs. 27.9%). The proportion of food expenses was higher in households with children/adolescents and in all households it was associated with lower family income and, in households with minors, to the presence of a female householder. Soft drinks consumption was higher in households with children/adolescents; and was related to higher income in all households, and to the presence of male householder in households with minors. Sugar consumption in households with children/adolescents was associated with higher income, male gender and education level of the household head (<12 years). In households without children/adolescents, the higher sugar consumption was associated with food insecurity and the household head's education (<8 years). Conclusion In households with children/adolescents there was a greater frequency of food insecurity and a greater commitment of income with food. Food insecurity was associated with increased sugar consumption in households without children/adolescents.


RESUMO Objetivos Estimar a frequência de insegurança alimentar em domicílios com e sem crianças/adolescentes; comparar o gasto com alimentos e o consumo de açúcar e de refrigerante nestes domicílios; e analisar a relação da insegurança alimentar e de variáveis demográficas/socioeconômicas com o gasto com alimentos e com o consumo de açúcar e de refrigerante em domicílios com e sem crianças/adolescentes. Métodos Estudo transversal com 628 domicílios de Campinas, SP, Brasil. A insegurança alimentar foi estimada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. As variáveis dependentes foram proporção de gasto com alimentos e consumo de açúcar e refrigerante; as independentes incluíram condição de segurança/insegurança alimentar, renda familiar mensal, sexo, idade e escolaridade do chefe da família. Resultados A frequência de insegurança alimentar foi maior nos domicílios com crianças/adolescentes do que nos domicílios sem menores (41,4% vs. 27,9%). A proporção de gasto com alimentos foi superior nos domicílios com crianças/adolescentes; em todos esteve associada ao menor rendimento familiar e, nos domicílios com menores, à presença de chefe da família do sexo feminino. O consumo de refrigerante foi maior em domicílios com crianças/adolescentes, relacionou-se à maior renda em todos os domicílios e à presença de chefe da família do sexo masculino em domicílios com menores. O consumo de açúcar nos domicílios com crianças/adolescentes associou-se à maior renda, sexo masculino e escolaridade do chefe <12 anos. Nos domicílios sem crianças/adolescentes, o maior consumo de açúcar esteve associado à insegurança alimentar e à escolaridade do chefe da família <8 anos. Conclusão Nos domicílios com crianças/adolescentes, houve maior frequência de insegurança alimentar e maior comprometimento da renda com a alimentação. A insegurança alimentar associou-se ao aumento do consumo de açúcar em domicílios sem crianças/adolescentes.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Social Conditions , Carbonated Beverages , Eating , Sugars , Food Supply , Food Insecurity
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(9): e00247218, 2019. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1019634

ABSTRACT

Abstract: Our study aimed to compare key aspects of the food environment in two low-income areas in the city of Campinas, São Paulo State, Brazil: one with low and the other with high prevalence of obesity. We compared the availability of retail food establishments, the types of food sold, and the residents' eating habits. Demographic and socioeconomic data and eating habits were obtained from a population-based health survey. We also analyzed local food environment data collected from remote mapping of the retail food establishments and audit of the foods sold. For comparison purposes, the areas were selected according to obesity prevalence (body mass index - BMI ≥ 30kg/m²), defined as low prevalence (< 25%) and high prevalence (> 45%). Only 18 out of the 150 points of sale for food products sold fruits and vegetables across the areas. Areas with high obesity prevalence had more grocery stores and shops specialized in fruits and vegetables, as well as more supermarkets that sold fruits and vegetables. With less schooling, residents in the areas with high obesity prevalence reported purchasing food more often in supermarket chains and specialized shops with fruits and vegetables, although they consumed more sodas when compared with residents of areas with low obesity prevalence. Our results suggest interventions in low-income areas should consider the diverse environmental contexts and the interaction between schooling and food purchase behaviors in settings less prone to healthy eating.


Resumo: Nosso estudo teve como objetivo comparar alguns aspectos do ambiente alimentar de duas áreas de baixa renda no município de Campinas, São Paulo, Brasil, sendo uma com baixa e a outra com alta prevalência de obesidade. Nós comparamos a disponibilidade de estabelecimentos comerciais vendendo alimentos, tipos de alimentos vendidos e hábitos alimentares dos residentes. Dados demográficos, socioeconômicos e de hábitos alimentares foram obtidos de um inquérito de saúde de base populacional. Também analisamos dados locais de ambiente alimentar coletados através de um mapeamento remoto dos estabelecimentos comerciais vendendo alimentos e auditoria dos alimentos vendidos. Para fins comparativos, as áreas foram selecionadas de acordo com a prevalência de obesidade (índice de massa corporal - IMC ≥ 30kg/m²), definida como baixa (< 25%) e alta (> 45%). Dos 150 pontos de venda de produtos alimentares, apenas 18 vendiam frutas e vegetais em todas as áreas. Áreas com alta prevalência de obesidade tinham mais mercearias e lojas especializadas em frutas e vegetais, bem como maior número de comércios vendendo frutas e verduras. Com menor escolaridade, os residentes das áreas de prevalência alta de obesidade reportaram comprar alimentos mais frequentemente em hipermercados e lojas especializadas em frutas e vegetais, embora consumissem mais refrigerantes em comparação aos residentes das áreas de baixa prevalência. Nossos resultados sugerem que as intervenções em áreas carentes devem considerar os seus diversos contextos ambientais e a interação entre escolaridade e comportamentos de compra de alimentos em ambientes menos propícios à alimentação saudável.


Resumen: El objetivo de nuestro estudio fue comparar algunos aspectos del entorno alimentario de dos áreas de baja renta en el municipio de Campinas, São Paulo, Brasil, existiendo en una baja y en otra alta prevalencia de obesidad. Comparamos la disponibilidad de establecimientos comerciales vendiendo alimentos, los tipos de alimentos vendidos, así como los hábitos alimentarios de los residentes. Se obtuvieron datos demográficos, socioeconómicos y hábitos alimentarios de una encuesta de salud de base poblacional. También analizamos datos locales sobre el entorno alimentario, recogidos a través de un mapeo remoto de los establecimientos comerciales que vendían alimentos, así como una auditoría de los alimentos vendidos. Para fines comparativos, las áreas se seleccionaron de acuerdo con la prevalencia de obesidad (índice de masa corporal - IMC ≥ 30kg/m²), definida como baja (< 25%) y alta (> 45%). De los 150 puntos de venta de productos alimenticios, solamente 18 vendían frutas y verduras en todas las áreas. Las áreas con alta prevalencia de obesidad tenían más tiendas de comestibles y tiendas especializadas en frutas y verduras, así como un mayor número de comercios vendiendo frutas y verduras. Con menor escolaridad, los residentes de las áreas de prevalencia alta de obesidad informaron comprar alimentos más frecuentemente en hipermercados y tiendas especializadas en frutas y verduras, aunque consumieron más refrescos, en comparación con los residentes de las áreas de baja prevalencia. Nuestros resultados sugieren que las intervenciones en áreas de escasos recursos deben considerar sus diversos contextos ambientales y la interacción entre la escolaridad y los comportamientos de compra de alimentos en entornos menos propicios para la alimentación saludable.


Subject(s)
Humans , Male , Adult , Commerce/statistics & numerical data , Consumer Behavior/statistics & numerical data , Feeding Behavior , Food Supply/statistics & numerical data , Obesity/epidemiology , Socioeconomic Factors , Urban Population , Brazil , Nutrition Surveys , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Middle Aged
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(7): e00084118, 2019. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1011705

ABSTRACT

This study sought to describe the changes in the food security status in Brazil before and during its most recent financial and political crisis, as well as to explore associations between food security and socioeconomic factors during the crisis. This cross-sectional study analyzed data from two different sources: the Brazilian National Household Sample Survey for 2004 (n = 112,479), 2009 (n = 120,910), and 2013 (n = 116,192); and the Gallup World Poll for 2015 (n = 1,004), 2016 (n = 1,002), and 2017 (n = 1,001). Household food security status was measured by a shorter version of the Brazilian Food Insecurity Scale, consisting of the first 8 questions of the original 14-item scale. Descriptive and logistic regression analyses were performed to assess the changes in food security and their association with socioeconomic factors. Results suggest that during the crisis the percentage of households classified as food secure declined by one third (76% in 2013 to 49% in 2017) while severe food insecurity tripled (4% in 2013 to 12% in 2017). Whereas before the crisis (2013) 44% of the poorest households were food secure, by 2017 this decreased to 26%. Household income per capita was strongly associated with food security, increasing by six times the chances of being food insecure among the poorest strata. Those who reported a low job climate, social support or level of education were twice as likely to be food insecure. Despite significant improvements between 2004 and 2013, findings indicate that during the crisis Brazil suffered from a great deterioration of food security, highlighting the need for emergency policies to protect and guarantee access to food for the most vulnerable.


O estudo teve como objetivos descrever as mudanças na segurança alimentar no Brasil antes e durante a mais recente crise financeira e política do país, além de explorar as associações entre segurança alimentar e fatores socioeconômicos durante a crise. Este estudo transversal analisou os dados de duas fontes diferentes: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2004 (n = 112.479), 2009 (n = 120.910) e 2013 (n = 116.192) e a Pesquisa Mundial Gallup de 2015 (n = 1.004), 2016 (n = 1.002) e 2017 (n = 1.001). O nível de segurança alimentar domiciliar foi medido utilizando uma versão reduzida da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), com as primeiras oito perguntas da escala original de 14 itens. Foram realizadas análises descritivas e de regressão logística para avaliar as mudanças na segurança alimentar e a associação com fatores socioeconômicos. Os resultados sugerem que durante a crise, o percentual de domicílios com segurança alimentar diminuiu em um terço (de 76% em 2013 para 49% em 2017), enquanto a insegurança alimentar grave triplicou (de 4% em 2013 para 12% em 2017). Antes da crise (2013), 44% dos domicílios apresentavam segurança alimentar, mas até 2017 essa proporção havia diminuído para 26%. A renda per capita domiciliar mostrou forte associação com a segurança alimentar, aumentando em seis vezes a probabilidade de insegurança alimentar entre os mais pobres. Aqueles que relatavam piores níveis de emprego, apoio social e escolaridade tiveram duas vezes mais probabilidade de sofrer de insegurança alimentar. Apesar de melhoras significativas entre 2004 e 2013, os achados indicam que durante a crise, o Brasil sofreu uma piora grave na segurança alimentar, reforçando a necessidade de políticas emergenciais para proteger e garantir o acesso à alimentação para os mais vulneráveis.


El objetivo de este estudio es describir los cambios en el estado de la seguridad alimentaria en Brasil antes y durante su más reciente crisis política y financiera, así como también analizar las asociaciones entre seguridad alimentaria y factores socioeconómicos durante la crisis. Este estudio transversal analizó datos de dos fuentes diferentes: la Encuesta Brasileña por Muestra de Domicilios en 2004 (n = 112.479), 2009 (n = 120.910) y 2013 (n = 116.192); y la Encuesta Mundial Gallup en 2015 (n = 1.004), 2016 (n = 1.002) y 2017 (n = 1.001). El estado de la seguridad alimentaria por hogar se midió mediante una versión acortada de la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria, que consiste en las 8 primeras preguntas de la escala original con 14-ítems. Se realizaron análisis descriptivos y por regresión logística para evaluar los cambios en la seguridad alimentaria y su asociación con factores socioeconómicos. Los resultados sugieren que durante la crisis el porcentaje de hogares clasificados como seguros respecto a la alimentación disminuyó en un tercio (del 76% en 2013 al 49% en 2017) mientras que la inseguridad alimentaria severa se triplicó (de un 4% en 2013 al 12% en 2017). Asimismo, antes de la crisis (2013) un 44% de los hogares más pobres contaban con seguridad alimentaria, pero en 2017 este número disminuyó al 26%. Los ingresos per cápita por hogar estuvieron fuertemente asociados con la seguridad alimentaria, incrementando seis veces más las posibilidades de sufrir inseguridad alimentaria entre los estratos más pobres. Aquellos que informaron de una baja estabilidad laboral, apoyo social o nivel educacional fueron dos veces más propensos de sufrir inseguridad alimentaria. A pesar de las mejoras significativas entre 2004 y 2013, los resultados indican que Brasil durante la crisis sufrió un gran deterioro de la seguridad alimentaria, resaltando la necesidad de políticas de emergencia para proteger y garantizar el acceso a la comida de los más vulnerables.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Young Adult , Politics , Family Characteristics , Health Surveys/statistics & numerical data , Economic Recession , Food Supply/statistics & numerical data , Poverty/statistics & numerical data , Psychometrics , Social Support , Socioeconomic Factors , Brazil , Cross-Sectional Studies , Middle Aged
8.
Rev. Nutr. (Online) ; 29(6): 845-857, Nov.-Dec. 2016. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-830662

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To evaluate the association of food insecurity with demographic and socioeconomic conditions in households in Campinas, São Paulo state, Brazil. Methods: This is a cross-sectional study conducted on a representative sample of the urban population of the Southern, Southwestern, and Northwestern Health Districts of Campinas, between 2011-2012. Characteristics of the head of household, family history and household patterns were investigated. The dependent variable was food security condition, categorized as food security, mild food insecurity, and moderate/severe food insecurity. All independent variables with p-value <0.20 in the bivariate multinomial logistic regression were included in the final model of multiple multinomial logistic regression, adjusted to household head age; the remaining variables had p-value <0.05. Results: In the 691 households analyzed, there was 65% of food security, 27.9% of mild food insecurity, and 7.1% of moderate/severe food insecurity. The conditions associated with mild food insecurity were monthly per capita income less than the minimum wage, household head unemployed for more than six months between 2004-2010, living in properties given to the family/occupied/other, and density higher than two people per bedroon. The moderate/severe food insecurity was associated with informal employment condition of the household head and the presence of a beneficiary of the Bolsa Família (Family Allowance Program), a cash transfer-type program, in the household. The higher the score of the consumer goods, the lower the probability of mild food insecurity or moderate/severe food insecurity. There was a higher probability of mild food insecurity and moderate/severe food insecurity in unfinished masonry-built houses/other. Conclusion: More than one third of the households investigated experienced some form of food insecurity. Mild food insecurity was associated with demographic conditions, while moderate/severe food insecurity was associated with socioeconomic conditions, especially those related to the household head.


RESUMO Objetivo: Avaliar a associação da insegurança alimentar com as condições demográficas e socioeconômicas em domicílios de Campinas (SP). Métodos: Estudo transversal com amostra representativa da população urbana dos Distritos de Saúde Sul, Sudoeste e Noroeste de Campinas, realizado entre 2011-2012. Estudaram-se as características do chefe de família, dos antecedentes familiares e do domicílio. A variável dependente foi condição de segurança alimentar, categorizada em segurança alimentar, insegurança alimentar leve e insegurança alimentar moderada/grave. Todas as variáveis independentes com p-valor<0,20 na regressão logística multinomial bivariada foram incluídas no modelo final de regressão logística multinomial múltipla, ajustado pela idade do chefe da família, permanecendo aquelas com p<0,05. Resultados: Nos 691 domicílios analisados, houve 65,0% em segurança alimentar, 27,9% em insegurança alimentar leve e 7,1% em insegurança alimentar moderada/grave. As condições associadas à insegurança alimentar leve foram renda familiar mensal per capita menor que um salário mínimo, desemprego do chefe da família por mais de seis meses entre 2004-2010, residir em domicílios de condição cedido/invasão/outro e com densidade maior que duas pessoas por dormitório. A insegurança alimentar moderada/grave esteve associada à informalidade do emprego do chefe da família e ter titular do Bolsa Família no domicílio. Quanto maior o escore de bens de consumo, menor foi a chance de insegurança alimentar leve ou moderada/grave, enquanto que houve maior chance da presença de qualquer tipo de insegurança alimentar nos domicílios construídos com alvenaria inacabada/outros. Conclusão: Mais de um terço dos domicílios apresentam alguma forma de insegurança alimentar. A insegurança alimentar leve está associada às condições demográficas, enquanto que a moderada/grave associa-se às condições socioeconômicas, principalmente relacionadas ao chefe da família.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Food Security , Social Class , Socioeconomic Factors , Health Surveys
9.
Cad. saúde pública ; 30(5): 1067-1078, 05/2014. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-711827

ABSTRACT

Este artigo se propõe a estudar o processo de insegurança alimentar e fome em domicílios brasileiros com crianças menores de cinco anos. É um estudo transversal com representatividade nacional executado com dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006) tendo como variável dependente a insegurança alimentar moderada e grave (IAM+G), medida através da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Foram geradas estimativas de prevalência e razão de prevalência com intervalos de 95% de confiança. Os resultados apontam para alta prevalência de IAM+G concentrada nas regiões Norte e Nordeste (30,7%), nas classes econômicas D e E (34%) e em beneficiários de Programas de Transferência de Renda (PTR; 36,5%). O modelo de análise multivariada constatou que os riscos sociais (beneficiário de PTR), regionais (Norte e Nordeste) e econômicos (classes D e E) eram de 1,8, 2,0 e 2,4, respectivamente. Agregando-se os três riscos observou-se que 48% dos domicílios encontravam-se em IAM+G, ou seja, crianças e adultos passaram fome nos três meses anteriores ao inquérito.


This article analyzes food insecurity and hunger in Brazilian families with children under five years of age. This was a nationally representative cross-sectional study using data from the National Demographic and Health Survey on Women and Children (PNDS-2006), in which the outcome variable was moderate to severe food insecurity, measured by the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA). Prevalence estimates and prevalence ratios were generated with 95% confidence intervals. The results showed a high prevalence of moderate to severe food insecurity, concentrated in the North and Northeast regions (30.7%), in economic classes D and E (34%), and in beneficiaries of conditional cash transfer programs (36.5%). Multivariate analysis showed that the socioeconomic relative risks (beneficiaries of conditional cash transfers), regional relative risks (North and Northeast regions), and economic relative risks (classes D and E) were 1.8, 2.0 and 2.4, respectively. Aggregation of the three risks showed 48% of families with moderate to severe food insecurity, meaning that adults and children were going hungry during the three months preceding the survey.


Se plantea estudiar el proceso de inseguridad alimentaria y el hambre en los hogares brasileños con niños menores de cinco años. Se trata de un estudio transversal a nivel nacional, realizado con datos de la Encuesta Nacional de Demografía y Salud de la Mujer y la Infancia (PNDS 2006), siendo la variable dependiente la inseguridad alimentaria moderada y grave (IAM+G), medidas mediante la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA). Se generaron estimaciones de prevalencia y razón de prevalencia con intervalos de 95% de confianza. Los resultados muestran una alta prevalencia de IAM+G en el Norte y Nordeste (30,7%), en las clases económicas D y E (34%), y entre los beneficiarios de los programas de transferencias de renta (36,5%). El modelo de análisis multivariado descubrió que los riesgos sociales (beneficiario de programas de transferencias de renta), regionales (Norte y Nordeste) y económicos (clases D y E) fueron de 1,8, 2,0 y 2,4, respectivamente. Mediante la agregación de los tres riesgos se encontró el 48% de los hogares en IAM+G, o sea, adultos y niños tuvieron hambre durante los tres meses anteriores a la encuesta.


Subject(s)
Adult , Child, Preschool , Female , Humans , Food Supply/statistics & numerical data , Brazil , Cross-Sectional Studies , Family Characteristics , Health Surveys , Hunger , Prevalence , Risk Factors , Socioeconomic Factors
10.
Rev. nutr ; 27(2): 241-251, Mar-Apr/2014. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: lil-712798

ABSTRACT

OBJECTIVE: To review and refine Brazilian Household Food Insecurity Measurement Scale structure. METHODS: The study analyzed the impact of removing the item "adult lost weight" and one of two possibly redundant items on Brazilian Household Food Insecurity Measurement Scale psychometric behavior using the one-parameter logistic (Rasch) model. Brazilian Household Food Insecurity Measurement Scale psychometric behavior was analyzed with respect to acceptable adjustment values ranging from 0.7 to 1.3, and to severity scores of the items with theoretically expected gradients. The socioeconomic and food security indicators came from the 2004 National Household Sample Survey, which obtained complete answers to Brazilian Household Food Insecurity Measurement Scale items from 112,665 households. RESULTS: Removing the items "adult reduced amount..." followed by "adult ate less..." did not change the infit of the remaining items, except for "adult lost weight", whose infit increased from 1.21 to 1.56. The internal consistency and item severity scores did not change when "adult ate less" and one of the two redundant items were removed. CONCLUSION: Brazilian Household Food Insecurity Measurement Scale reanalysis reduced the number of scale items from 16 to 14 without changing its internal validity. Its use as a nationwide household food security measure is strongly recommended. .


OBJETIVO: Revisar e aprimorar a estrutura da Escala Brasileira de Medida Domiciliar de Insegurança Alimentar. MÉTODOS: A avaliação do impacto resultante da remoção do item "adulto perdeu peso" e de um de dois itens possivelmente redundantes sobre o comportamento psicométrico da Escala Brasileira de Medida Domiciliar de Insegurança Alimentar foi realizada com uso de análise estatística por modelo logístico de parâmetro único de Rasch. O comportamento psicométrico da Escala Brasileira de Medida Domiciliar de Insegurança Alimentar foi analisado em relação a valores aceitáveis de ajustamento ao modelo, entre 0,7 e 1,3 e escore de severidade dos itens com gradientes teoricamente esperados. Para as análises, foram usados dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios de 2004, com 112 . 665 domicílios visitados e com respostas completas para os itens da Escala Brasileira de Medida Domiciliar de Insegurança Alimentar. RESULTADOS: Retirando o item "adulto diminuiu os alimentos" e posteriormente "adulto comeu menos" não foi observada mudança nos ajustes dos demais itens, exceto quanto a "adulto perdeu peso", que passou de 1,21 para 1,56. Posteriormente, este e um dos itens redundantes foram excluídos, sendo mantidos adequados a consistência interna e os valores de severidade dos itens. CONCLUSÃO: A reanálise reduziu os itens da escala de 16 para 14, o que manteve a validade interna da escala. Sua adoção como medida nacional da segurança alimentar domiciliar é, portanto, fortemente recomendada. .


Subject(s)
Diet Surveys
11.
Rev. nutr ; 25(2): 177-189, mar.-abr. 2012. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-645495

ABSTRACT

OBJETIVO: Analisar a proporção de insegurança alimentar domiciliar entre a população beneficiária de programas de transferência de renda e os fatores relacionados a essa condição. MÉTODOS: Estudo de delineamento transversal, cuja amostra foi constituída por 421 famílias beneficiárias, residentes no município de Toledo, Paraná. Os dados foram coletados entre setembro de 2006 e fevereiro de 2007, em entrevistas domiciliares, por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e do Questionário de Classificação Econômica, ambos incluídos em questionário sociodemográfico. Para análise das variáveis, foram aplicados os testes de Qui-quadrado, razão de chances, regressão logística multivariada. RESULTADOS: A insegurança alimentar esteve presente em 74,6% dos domicílios, 5,9% na forma grave e 23,8% moderada. Segundo o teste de Qui-quadrado, as variáveis independentes que mostraram associação com a insegurança foram renda per capita, classe econômica D ou E, presença de menores de 18 anos, 7 ou mais membros no domicílio, baixa escolaridade e desemprego ou trabalho informal do chefe. Na regressão logística multivariada, considerando a variável dependente a condição de segurança alimentar/insegurança leve, mantiveram-se associadas à insegurança moderada/grave a classe econômica D/E (OR=2,88), presença 5/6 moradores (OR=2,90) e 7 ou mais (OR=3,05), trabalho informal ou desemprego do responsável pelo domicílio (OR=1,87). CONCLUSÃO: O fato de a transferência de renda ainda deixar em situação de insegurança alimentar um contingente grande de beneficiários (74,6%) é explicado pela extrema condição de vulnerabilidade social a que essa população está submetida. Os resultados deste estudo sugerem a necessidade de políticas públicas multissetoriais, com enfoque prioritário para geração de emprego e de renda.


OBJECTIVE: This study analyzed the rate of food insecurity among recipients of government assistance and other factors associated with their conditions. METHODS: This cross-sectional study included 421 families from the municipality of Toledo, Paraná State, receiving government assistance. Data was collected from September/2006 to February/2007 during home interviews using the Brazilian Food Insecurity Scale, Economic Classification Questionnaires and other sociodemographic indicators. Variables were analyzed by the chi-square test, odds ratio and multivariate logistic regression. RESULTS: Most (74.6%) of the households experienced moderate (23.8%) to severe (5.9%) food insecurity. According to the chi-square test, the independent variables associated with food insecurity were per capita income, socioeconomic classes D or E, family members under 18, 7 or more people living in the household, low education level and head of family unemployed or doing informal work. According to multivariate logistic regression and considering mild food insecurity a dependent variable, the variables that remained associated with moderate and severe food insecurity were socioeconomic classes D or E (OR=2.88), 5 to 6 people living in the household (OR=2.90) or 7 or more (OR=3.05), and head of family unemployed or doing informal work (OR=1.87). CONCLUSION: The extreme social vulnerability of recipients of government assistance explains the high rate (74.6%) of food insecurity in this population. The results of this study suggest the need of job creation programs.


Subject(s)
Poverty , Nutrition Programs and Policies , Food Security
12.
Rev. bras. epidemiol ; 14(3): 398-410, set. 2011.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-604613

ABSTRACT

OBJETIVO: Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2004), foram comparadas as diferenças na prevalência de insegurança moderada/grave em relação à segurança alimentar, e insegurança leve quanto à posse de bens de consumo e outras condições socioeconômicas e demográficas. MÉTODOS: Foram estudados os domicílios particulares permanentes, com rendimento domiciliar per capita de até um salário mínimo, utilizando-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar respondida por morador do domicílio (n=51.357). A associação entre as variáveis e a variável dependente (segurança alimentar) foi verificada pelo teste do Χ2 com nível de significância de 5 por cento. Foram calculadas razões de prevalência brutas e intervalos de confiança de 95 por cento e a análise ajustada foi conduzida por meio de regressão múltipla de Poisson, utilizando Stata 8.0, que incorpora as ponderações do desenho amostral com delineamento complexo. RESULTADOS: A renda domiciliar mensal per capita foi a variável com maior força de associação com a segurança alimentar. Tanto em áreas urbanas quanto rurais, foram encontradas elevadas razões de prevalência para insegurança alimentar moderada ou grave nos domicílios chefiados por mulheres, de cor negra, presença no domicílio de seis ou mais moradores, localização metropolitana e com ausência de alguns bens específicos (fogão, filtro, geladeira, freezer, máquina de lavar roupa e telefone celular). Em modelo que incluiu, entre os bens, apenas a posse de geladeira, a maior razão de prevalência ocorreu na renda de até » de salário mínimo, seguindo-se a ausência de posse de geladeira, tanto nos domicílios chefiados por homens brancos, como por negros e mulheres brancas ou negras. Embora os domicílios chefiados por mulheres e por negros apresentem maior insegurança alimentar, as diferenças intragrupais foram maiores em domicílios chefiados por homens brancos e menores nos de mulheres negras. CONCLUSÃO: Em nível nacional e em domicílios com renda de até um salário mínimo, condições socioeconômicas mais precárias estão associadas à insegurança alimentar, sendo a situação agravada naqueles chefiados por mulheres e onde residem pessoas de cor autorreferida como negra. A ausência de bens identifica, entre os pobres, a população mais vulnerável à insegurança alimentar e pode se constituir em indicador complementar, sobretudo em estudos locais, onde há escassez de recursos técnicos para coleta de dados e análises mais sofisticadas.


OBJECTIVE: Data from the National Household Survey 2004 was analyzed to compare differences in prevalence among moderate or severe food insecurity. Also, it was compared food security or mild food insecurity households in relation to the assets and other socioeconomic and demographic conditions of the household. METHOD: Private permanent households, with per capita monthly income of up to one minimum wage and with the Brazilian Food Insecurity Scale answered by a household resident were studied (n=51,357). Association of variables with the dependent variable (food security) was verified using Χ2 test, with 5 percent significance level. Crude prevalence ratio, respective 95 percent confidence interval and adjusted analyses were carried out using Poisson multiple regression Stata 8.0. It considers the weights of the complex sampling design of the survey. RESULTS: The per capita monthly household income was the variable with strongest association to food security. Both in urban and rural areas, there were higher risk of moderate or severe food insecurity prevalence ratio when the head of the household was a female, black color, presence of six or more members in the household, metropolitan area and with absence of some specific assets (stove, water filter, refrigerator, freezer, washing machine and cellular phone). In a model that, among assets, included just the refrigerator, it was observed the highest prevalence ratio for household income of up to » of a minimum wage and after this, the absence of refrigerator among households headed by white and black males and white or black female. Although female and black headed households have greater food restriction, internal differences among these groups were higher for households headed by white males and lower for those headed by black females. CONCLUSION: At national level and households with monthly income of up to one minimum age, poor socioeconomic conditions are associated to household food insecurity. This situation is worse among those headed by women and black people. Among poor people, the absence of assets identifies the most vulnerable population to food insecurity and may be used as complementary indicator, mainly in local studies with poor technical resources for data collection and more sophisticated analyzes.


Subject(s)
Female , Humans , Male , Middle Aged , Black People/statistics & numerical data , White People/statistics & numerical data , Food Supply/statistics & numerical data , Household Articles/statistics & numerical data , Poverty/statistics & numerical data , Brazil , Sex Distribution , Socioeconomic Factors
13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 16(1): 187-199, jan. 2011. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-569039

ABSTRACT

Apresenta-se um marco conceitual interdisciplinar de segurança alimentar e nutricional no qual identificam-se determinantes nos níveis macrossocioeconômico, regional-local e domiciliar. Insegurança alimentar e nutricional é vista como tendo consequências para a saúde e o bem-estar, que podem expressar-se ou não em consequências físico-biológicas, como por exemplo baixo peso e/ou carências nutricionais. As implicações de tal perspectiva para questões de mensuração são abordadas. É apresentado um resumo comparativo de indicadores frequentemente usados para mensuração de segurança alimentar, com enfoque especial na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, que foi usada na Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio - 2004. A história do desenvolvimento da escala nos Estados Unidos e a sua validação no Brasil estão descritas. Caracterizada como uma medida direta de insegurança alimentar em nível domiciliar, esta escala psicométrica pode ser usada em conjunto com indicadores e instrumentos de mensuração de diversas áreas, para aprofundar a compreensão desse fenômeno complexo.


An interdisciplinary conceptual framework of food security is presented that identifies determinants at the macro-socioeconomic, regional-local, and household levels. Food insecurity is described as having consequences for health and well-being that may or may not be expressed in the form of physical-biological consequences such as underweight or nutritional deficiencies. The implications of this perspective for measurement of food security are addressed. A comparative review of indicators commonly used to assess food security is presented, with special focus on the Brazilian Food Insecurity Scale, which was included in the 2004 National Household Survey (PNAD). The history of the development of the scale in the U.S. and its validation in Brazil are described. Characterized as a direct measure of household food insecurity, this psychometric scale can be used together with indicators and measurement instruments from diverse fields to broaden understanding of this complex phenomenon.


Subject(s)
Humans , Nutrition Assessment , Nutrition Policy , Brazil
14.
Cad. saúde pública ; 24(10): 2376-2384, out. 2008. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-495715

ABSTRACT

O objetivo deste trabalho foi investigar a associação da insegurança alimentar com algumas variáveis indicativas de desigualdades sociais, como renda, escolaridade, raça/cor, composição familiar, características da moradia e condições de saneamento. Para medida de segurança alimentar, aplicou-se o instrumento EBIA (Escala Brasileira de Insegurança Alimentar) a uma amostra de 456 famílias residentes em área urbana do Município de Campinas. Verificou-se que a insegurança alimentar concentrou-se em famílias com maior número de membros menores de 18 anos, vivendo em construções precárias e com alta aglomeração de moradores, sem rede de esgoto, de baixa renda (menos de dois salários mínimos), cujo responsável não freqüentou a escola, sem membros com nível universitário e nas quais os informantes referiram ter cor da pele preta. Considera-se que a medida direta de segurança alimentar por meio da EBIA seja um importante indicador para monitoramento da iniqüidade, podendo complementar um conjunto de indicadores sociais ou, mesmo de forma isolada, identificar grupos com vulnerabilidade social.


This study aimed to analyze the association between food insecurity and certain socioeconomic and demographic variables that measure social inequality: income, schooling, race, family structure, household characteristics, and sewage conditions. A sample of 456 families in Campinas, São Paulo State, was interviewed using the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA). Family food insecurity was associated with: more children < 18 years; precarious housing; overcrowding; lack of sewage system; low income (< 2 times the minimum wage); head-of-household with no schooling; no university graduate in the family; and race (black). Directly measuring food insecurity is important for monitoring inequality, and can be used either with other socioeconomic and demographic indicators or alone to identify social vulnerability in population groups.


Subject(s)
Food Security , Social Conditions , Socioeconomic Factors , Brazil , Educational Status , Socioeconomic Factors
15.
Rev. nutr ; 21(supl): 15s-26s, jul.-ago. 2008. ilus, tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-492471

ABSTRACT

The United Nations define food security as "People having at all times, physical, social and economic access to sufficient, safe and nutritious food which meets their dietary needs and food preferences for an active and healthy life." There are five methods that are commonly applied in national surveys that can be used to assess food insecurity. Of these, four are indirect or derivative measures of food insecurity (United Nations Food and Agriculture Organization method, household expenditure surveys, dietary intake assessment and anthropometry). The only method that represents a fundamental or direct measure of food insecurity is the one based on experience-based food insecurity scales. All the methods complement each other and the method of choice depends on the question being answered and the economic and logistical resources available to collect valid data. All the methods have serious measurement error issues that can be reduced by fully understanding the principles underlying them and the use of highly trained and standardized research field workers. As shown in Brazil, the use of experience-based food insecurity measurement scales for mapping, targeting, and understanding the determinants and consequences of food insecurity is very promising. Thus, we recommend the Latin American and Caribbean Region to work towards the adoption of a single regional module that can be adapted to the local contexts based on qualitative cognitive research followed by quantitative confirmation of the scale's psychometric properties. The Brazilian experience-based food insecurity measurement project is likely to provide useful insights to other countries in the region.


As Nações Unidas definem Segurança Alimentar como a situação em que "as pessoas têm a todo tempo, acesso físico, social e econômico a alimentação segura, nutritiva e que atende suas necessidades dietéticas, com alimentos de sua preferência para uma vida ativa e saudável". Existem cinco métodos comumente utilizados em inquéritos nacionais para avaliação de insegurança alimentar. Desses, quatro são indiretos, ou medidas derivadas de insegurança alimentar (método da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, pesquisas de despesas familiares, avaliação de consumo e antropometria). O único método para medida direta ou fundamental de insegurança alimentar é representado por uma escala fundamentada na experiência de insegurança alimentar. Todos os métodos complementam-se mutuamente, o de escolha dependerá das perguntas a serem respondidas e dos recursos econômicos e logísticos disponíveis para coletar informações válidas. Todos os métodos possuem problemas sérios de erros de medida, que poderão ser reduzidos pelo conhecimento dos princípios nos quais estão baseados, além do envolvimento de pesquisadores de campo bem capacitados e padronizados. É promissor, como foi mostrado no Brasil, o uso de escala de medida baseada na experiência de insegurança alimentar, para mapear, identificar populações vulneráveis, compreender seus determinantes e conseqüências. Por essas razões, se recomendam, para a América Latina e o Caribe, trabalhos visando à adoção de instrumento regional único, adaptado aos contextos locais, a partir de investigações cognitivas qualitativas, seguidas de pesquisas de confirmação quantitativas das propriedades psicométricas das escalas. A experiência brasileira do projeto de medida de insegurança alimentar, provavelmente, oferecerá subsídios idéias úteis para outros países da região.

16.
Rev. nutr ; 21(supl): 39s-51s, jul.-ago. 2008. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-492473

ABSTRACT

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi analisar, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004, a hipótese de que a participação em programas governamentais de Transferência de Renda está associada à situação de segurança alimentar no domicílio. MÉTODOS: Utilizaram-se dados secundários da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios com entrevistas em 112.716 domicílios. Incluíram-se neste trabalho os domicílios particulares permanentes e improvisados, em que as informações sobre segurança alimentar foram fornecidas por um morador, limitando-se ainda àqueles com rendimento domiciliar per capita de até um salário-mínimo, representando isto 51,2 por cento dos domicílios da amostra. Foram elaborados três modelos de estimativas de transferência de renda com resultados semelhantes; escolheu-se o Modelo 3 por resultar em menor probabilidade de superestimar efeitos. Para estimar o efeito da transferência de renda na prevalência de segurança alimentar, foram incluídos apenas os domicílios que recebiam transferência de renda correspondendo a 14,2 por cento do total de domicílios entrevistados. A associação entre segurança alimentar e transferência de renda, controlando por outras variáveis independentes, foi estimada mediante modelos de regressão logística, método stepwise, para cada uma das três faixas de rendimento domiciliar per capita. RESULTADOS: Os programas de transferência de renda considerados neste estudo apresentaram um valor médio de benefícios de R$81,68 por domicílio. A regressão logística múltipla mostrou aumento em torno de 8,0 por cento na chance de segurança alimentar, para cada 10 reais de acréscimo nos valores das transferências. As condições de: residência em área rural, pessoa de referência do sexo masculino e de raça/cor branca também apresentaram associação positiva com segurança alimentar. CONCLUSÃO: Os resultados confirmam a hipótese do estudo, indicando associação positiva da transferência de renda sobre a segurança...


OBJECTIVE: The 2004 National Household Survey Data was analyzed to test the hypothesis that cash transference from government social programs is associated with household food security. METHODS: Secondary data were used from the National Household Sample Survey which interviewed residents of 112,716 households. The present analysis included permanent and temporary private households, where food security items were informed by a resident of the household, restricting the collection of data to households with per capita monthly income of up to 1 minimum wage, representing 51.2 percent of the sample. Three models for estimating the amount of cash transference were developed; model 3 was chosen because it was less likely to overestimate effects. To analyze how cash transference affected the prevalence of food security, only households that received cash transference were included in the analysis, representing 14.2 percent of the interviewed households. The association between food security and cash transference, controlled for other independent variables, was estimated using a logistic regression model with stepwise method for each of the three income strata. RESULTS: The mean per capita cash transference was of R$81.68 per family. Multiple logistic regression showed an increased chance of food security of 8 percent per each R$10.00 contributed by social programs. Rural residence, male head of household, and Caucasian head of household were factors that also presented a higher chance of food security. CONCLUSION: The hypothesis was confirmed, showing a positive association between cash transfer and household food security, regardless of the effects of other explanatory factors.

17.
Rev. nutr ; 21(supl): 53s-63s, jul.-ago. 2008. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-492474

ABSTRACT

OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção e a compreensão de conceitos e terminologia da segurança e insegurança alimentar, especialmente os que compõem a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, no contexto da realidade sócio-cultural indígena. MÉTODOS: Foram utilizados recursos de pesquisa qualitativa para a abordagem das comunidades indígenas Cacau, Flexeira e Mamori, situadas na bacia hidrográfica do Médio Juruá, nos municípios de Envira e Eirunepé (AM), baseando-se em metodologia já previamente utilizada no Brasil e adaptada ao presente contexto, em uma reunião com especialistas da área. Em seguida foram organizados grupos focais, com 18 participantes das três comunidades indígenas. RESULTADOS: A fome apareceu como situação vivenciada por muitos dos participantes dos grupos focais das três comunidades estudadas. Os conceitos e as terminologias como segurança alimentar, fome e comida boa foram bem compreendidos, no entanto, comida variada, comida suficiente e estratégia para evitar problemas com comida foram conceitos não compreendidos por eles. A rotina de vida desses povos baseia-se nas relações familiares que permitem trocas, diferindo de outros grupos focais da área urbana e rural, conduzidos como parte da validação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, nos quais a dificuldade de acesso aos alimentos era conseqüência da falta de recursos financeiros. CONCLUSÃO: São necessários novos e aprofundados estudos, qualitativos e quantitativos, para o desenvolvimento de um instrumento de mensuração de insegurança alimentar que reflita a realidade desses povos, ao mesmo tempo em que busquem fornecer resultados comparáveis com aqueles de outros povos indígenas e mesmo os obtidos pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar em outras populações. Será necessário um instrumento que contemple a questão da troca, o aspecto coletivo, a importância e o uso do ambiente nas experiências de segurança ou insegurança...


OBJECTIVE: The objective was to evaluate the perception and comprehension of concepts and terminology related to food security and insecurity, especially those that comprise the Brazilian Food Insecurity Scale, in the context of indigenous socio-cultural reality. METHODS: Qualitative research techniques were used in Cacau, Flexeira and Mamori indigenous communities located in the Médio Juruá watershed, in the municipalities of Envira and Eirunepé (AM). The methods were based on a methodology used previously in Brazil and adapted to the present context in a meeting of specialists familiar with these indigenous communities. Next, focus groups were organized in each one of the three communities, with a total of 18 participants. RESULTS: Hunger appeared as a phenomenon experienced frequently by the participants. Many of the concepts and terms, such as "food security", "hunger", and "good food", were well-understood, but others, such as "varied food", "sufficient food" "strategies to avoid problems with food" were not. Everyday life depends on family relations that allow exchanges, which differs from studies conducted previously in urban and rural areas, where difficulties related to access to food were due to lack of financial resources. The subject of trading, or exchanges, appeared often during the focus groups, as well as a collective aspect of the experience of food security that had not emerged previously in focus groups conducted as part of the Brazilian Food Insecurity Scale validation. CONCLUSION: More in-depth qualitative and quantitative studies are needed to develop a food security measurement instrument that reflects the reality of these indigenous communities while, at the same time, provides results that are comparable to other indigenous communities as well as to results obtained using the Brazilian Food Insecurity Scale in other populations. To apprehend the situation of food security in these grups is necessary an instrument...

18.
Rev. nutr ; 21(supl): 111s-122s, jul.-ago. 2008. graf, tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-492478

ABSTRACT

OBJETIVO: Identificar a prevalência de segurança alimentar e dos diferentes graus de insegurança alimentar entre famílias residentes em 14 municípios da Paraíba e a relacionar com o perfil social, demográfico e econômico destas famílias. MÉTODOS: Realizou-se inquérito populacional no qual 4.533 famílias foram entrevistadas. Utilizou-se questionário para avaliar as características sócio-demográficas, juntamente com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Foram calculadas medidas de prevalência e verificada a associação entre as variáveis do estudo pelo teste qui-quadrado. Ajustou-se um modelo de regressão logística para examinar a associação dos fatores de risco à segurança e à insegurança alimentar. RESULTADOS: Observou-se prevalência de 11,3 por cento de insegurança alimentar grave, 17,6 por cento de insegurança moderada, 23,6 por cento de insegurança leve; 47,5 por cento da população foi classificada em situação de segurança alimentar. As áreas rurais apresentaram pior situação. O principal motivo referido para insegurança alimentar foi a falta de dinheiro para aquisição de comida. A regressão logística final foi composta por três variáveis: baixa renda familiar per capita (R$25,00 versus R$300,00, Odds Ratio=19,10), moradia precária (Odds Ratio=1,98) e falta de água permanente (Odds Ratio=1,38). As famílias do menor estrato de renda apresentaram menor prevalência de insegurança alimentar grave, quando incluídas em programas sociais. CONCLUSÃO: A prevalência de insegurança alimentar foi elevada. O instrumento utilizado demonstrou ser uma ferramenta importante de avaliação da situação de segurança alimentar e útil para o monitoramento de políticas públicas, como é o caso dos programas sociais que integram a estratégia Fome Zero do Governo Federal.


OBJECTIVE: The objective of this study was to identify the prevalence of household food security in 14 municipalities of Paraiba State and examine its association with the social, demographic and economic profile of these families. METHODS: A cross-sectional study comprising 4,533 families was performed. A questionnaire was used to assess the sociodemographic characteristics together with the Brazilian Food Insecurity Scale. The prevalences were calculated and the association between the studied variables was verified by the chi-square test. A logistic regression model was adjusted to identify risk factors associated with food security and insecurity. RESULTS: The prevalence of food insecurity was 11.3 percent for severe, 17.6 percent for moderate and 23.6 percent for mild. Food security was found in 47.5 percent of the families. The situation in rural areas was worse than in urban areas. Insufficient money to buy food was the main reason reported for the food insecurity status. The final logistic regression consisted of three variables: low per capita family income (US$12.00 vs. US$150.00, Odds Ratio=19.10), poor household conditions (Odds Ratio=1.98) and permanent absence of water supply (Odds Ratio=1.38). A lower prevalence of severe food insecurity was found among families with per capita monthly income up to US$12.00 that were included in social programs. CONCLUSION: The prevalence of food insecurity was high. The methodology used proved to be an important assessment tool of food security status and useful to monitor public policies such as the social programs that are part of the Fome Zero (Zero Hunger) strategy of the Federal Government.

19.
Rev. nutr ; 21(supl): 135s-144s, jul.-ago. 2008. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-492480

ABSTRACT

OBJETIVO: Descrever e avaliar o perfil de consumo diário de alimentos entre famílias em situação de insegurança alimentar. MÉTODOS: Inquérito populacional realizado em Campinas (SP), em 2003, com 456 famílias. Realizou-se levantamento do consumo diário de 14 grupos de alimentos, mediante informação de membro qualificado da família. Para categorização da insegurança alimentar utilizou-se uma escala dividida em 3 categorias: 1) Segurança alimentar; 2) Insegurança alimentar leve; 3) Insegurança alimentar moderada ou grave. RESULTADOS: Foram detectadas diferenças significativas entre categorias de segurança alimentar e consumo alimentar. A proporção de famílias em situação de insegurança, cujo informante não consome diariamente leite e derivados, frutas, verduras/legumes, e carnes é significantemente maior do que aquelas em situação de segurança alimentar (p<0,001). Nas famílias em segurança alimentar, o consumo de pelo menos uma fruta diariamente foi 73,7 por cento e de derivados do leite 62,1 por cento. Essas proporções são 11,4 por cento e 5,5 por cento, respectivamente, em famílias que experimentam insegurança alimentar moderada ou grave. Nestas últimas, a maioria consome diariamente apenas cereais, óleo, açúcar e feijão e gasta cerca de 68,0 por cento da renda com despesas em alimentação. Existem diferenças significantes na freqüência das principais refeições diárias entre as categorias de segurança, sempre com menor freqüência entre os informantes das famílias em insegurança alimentar moderada ou grave. CONCLUSÃO: Famílias em insegurança alimentar moderada ou grave apresentaram dieta monótona, basicamente composta por alimentos energéticos. A condição de acesso ao alimento entre famílias em segurança alimentar, entretanto, não garantiu a adequação qualitativa da dieta. Esses resultados trazem a necessidade de reforçar, nas políticas de segurança alimentar, ações educativas direcionadas à promoção de alimentação saudável.


OBJECTIVE: Describe and evaluate daily food consumption among families experiencing food insecurity. METHODS: A population survey was conducted in Campinas, São Paulo, in 2003, with 456 families. One qualified member of each family was interviewed about their daily intake of 14 food groups. For the food insecurity classification, a scale divided into three categories was used: 1) Food security; 2) Mild food insecurity; 3) Moderate or Severe food insecurity. RESULTS: Significant differences were found among the categories of food insecurity with respect to food consumption. The proportion of respondents from families experiencing moderate or severe food insecurity or mild food insecurity that did not consume dairy products, fruits, vegetables, meats, on a daily basis is significantly higher than respondents from families who are food-secure (p<0.001). Among food-secure families, 73.7 percent consumed at least one fruit per day and 62.1 percent consumed dairy products every day. These percentages were 11.4 percent and 5.5 percent, respectively, in families with moderate or severe food insecurity. The majority of these families consumed only grains, oil, sugar, and dried beans on a daily basis, and they spend roughly 68 percent of their monthly income on food. There are significant differences in the frequency of the main daily meals among the food security categories, which is always less frequent among families with moderate or severe food insecurity. CONCLUSION: Families experiencing moderate or severe food insecurity have a boring diet, composed basically of energetic foods. Even among food secure families, adequate diet quality was not always present. These results show that it is necessary to strengthen nutrition education efforts in public policies that aim to improve food security and promote healthy diets.

20.
Cad. saúde pública ; 23(4): 785-793, abr. 2007. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-448505

ABSTRACT

O presente estudo buscou descrever a situação de segurança alimentar vivenciada por famílias Teréna, das aldeias Agua Azul, Olho D'Agua e Oliveiras, Mato Grosso do Sul, Brasil. Foi utilizada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar adaptada, com 15 questões que refletem a insegurança alimentar em diferentes níveis de intensidade. Foram investigadas 49 famílias que continham em seu núcleo crianças menores de sessenta meses e obtidas informações sobre renda, densidade familiar, escolaridade materna e consumo alimentar das crianças. A prevalência de famílias com algum grau de insegurança alimentar observada foi 75,5 por cento, 22,4 por cento das famílias com insegurança leve, 32,7 por cento moderada e 20,4 por cento grave. Grande parte das famílias (67,3 por cento) convive com o medo de ficar sem alimentos. Um quarto das mulheres entrevistadas afirmou ter passado por situações de fome no mês anterior à entrevista e 14,3 por cento (7) apontaram que o mesmo ocorreu com as crianças da casa. Situações mais graves de insegurança alimentar foram observadas em famílias com menor renda mensal per capita, menor escolaridade materna, maior densidade domiciliar, maior número de filhos por grupo familiar e cuja dieta das crianças era insuficiente, sobretudo em proteínas e ferro.


This study aims to describe the food security situation among Teréna families in the villages of Agua Azul, Olho D'Agua, and Oliveiras in Mato Grosso do Sul State, Brazil. The Brazilian Food Insecurity Scale was adapted to 15 questions that reflect food insecurity at different levels of intensity. A survey was conducted in the villages with 49 families that had under-five children. Information was obtained on income, family size, maternal education, and children's food intake. 75.5 percent of families showed some level of food insecurity (22.4 percent low, 32.7 percent moderate, and 20.4 percent high). A large percentage (67.3 percent) of the families live with fear of lack of food. One-fourth of women had experienced hunger during the month prior to the survey, and 14.3 percent (7) reported the same condition for children in the household. More serious food insecurity was observed in families with lower per capita income and lower maternal education, more family members, and more children per family group in which the children's diet was insufficient, especially in protein and iron.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Educational Status , Family , Food Security , Food Supply , Indians, South American , Nutrition Surveys , Poverty , Brazil , Surveys and Questionnaires , Socioeconomic Factors
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL